Avaliação da força da musculatura de tronco utilizando um dinamômetro portátil: confiabilidade entre-sessões

  • Bruna Shara Vidal Oliveira Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil; Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, Brasil.
  • Tamires Maia de Siqueira Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil; Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, Brasil.
  • Marieli Matias Ramos Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil.
  • Letí­cia Carnaz Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil.
  • Fábio Viadanna Serrão Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, Brasil.
  • Gisele Garcia Zanca Centro Universitário das Américas, São Paulo-SP, Brasil; Universidade São Judas Tadeu, São Paulo-SP, Brasil.
Palavras-chave: Força muscular, Dinamômetro de Força Muscular, Reprodutibilidade dos Testes, Performance Física

Resumo

Introdução: A musculatura da região lombar é fundamental para a estabilidade do tronco, necessária para os movimentos dos membros inferiores e superiores em atividades de vida diária e esportivas. A avaliação de desempenho destes músculos geralmente é realizada por meio de testes de resistência muscular. No entanto, além de resistência muscular, é necessária força para a manutenção da estabilidade da região durante as atividades, principalmente esportivas. Objetivo: Investigar a confiabilidade entre-sessões da avaliação de força isométrica máxima da musculatura de tronco utilizando um dinamômetro portátil. Materiais e métodos: Dez homens sadios foram avaliados em duas sessões, com uma semana de intervalo entre elas. O dinamômetro foi posicionado na região proximal do tronco sob uma faixa de nylon que fornecia resistência contra o movimento. Os músculos flexores anteriores, flexores laterais e extensores de tronco foram avaliados em decúbito dorsal, lateral e ventral, respectivamente. Para cada grupo muscular, foram realizadas 3 contrações isométricas máximas de 5 segundos cada. A média dos picos de força foi utilizada para o cálculo do coeficiente de correlação intraclasse, erro padrão da medida e mí­nima mudança detectável. Resultados: Foram observadas excelente confiabilidade para as avaliações de flexores anteriores e laterais e boa confiabilidade para avaliação dos extensores de tronco. Conclusão: A avaliação de força isométrica máxima da musculatura de tronco pode ser realizada utilizando um dinamômetro portátil, possibilitando a identificação de déficits e o acompanhamento dos resultados de programas de exercí­cio.

Biografias Autor

Bruna Shara Vidal Oliveira, Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil; Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, Brasil.

Fisioterapeuta pela Universidade do Sagrado Coração, atualmente é aluna de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Tamires Maia de Siqueira, Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil; Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, Brasil.

Fisioterapeuta pela Universidade do Sagrado Coração, atualmente é aluna e monitora do Curso de Especialização Interdisciplinar em Dor da Universidade Federal de São Carlos.

Marieli Matias Ramos, Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil.

Fisioterapeuta, Mestre em Fisioterapia pela Universidade do Sagrado Coração.

Letí­cia Carnaz, Universidade do Sagrado Coração, Bauru-SP, Brasil.

Fisioterapeuta, Mestre e Doutora em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos; Foi docente do Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade do Sagrado Coração.

Fábio Viadanna Serrão, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos-SP, Brasil.

Doutor em Fisioterapia; Docente do Departamento de Fisioterapia e do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos.

Gisele Garcia Zanca, Centro Universitário das Américas, São Paulo-SP, Brasil; Universidade São Judas Tadeu, São Paulo-SP, Brasil.

Fisioterapeuta (2007), Mestre (2010) e Doutora (2014) em Fisioterapia pela Universidade Federal de São Carlos, com Doutorado Sanduí­che no Departamento de Fisiologia Humana da University of Oregon (Estados Unidos); Foi docente do Programa de Mestrado em Fisioterapia da Universidade do Sagrado Coração, em Bauru-SP; Atualmente, é docente dos cursos de graduação em Fisioterapia e Medicina do Centro Universitário das Américas (FAM) e dos cursos de Fisioterapia e Educação Fí­sica da Universidade São Judas Tadeus, em São Paulo.

Referências

Blaiser, C.; Ridder, R.; Willems, T.; Danneels, L.; Roosen, P. Reliability and validity of trunk flexor and trunk extensor strength measurements using handheld dynamometry in a healthy athletic population. Physical Therapy in Sport. Vol. 34. 2018. p.180-6. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ptsp.2018.10.005. 2. Bohannon, R.W. Literature reporting normative data for muscle strength measured by hand-held dynamometry: A systematic review. Isokinetics and Exercise Sciences. Vol. 19. Num. 3. 2011. p.143-7. Disponível em: https://doi.org/10.3233/IES-2011-0415.

Brittenham, G. T. D. Conditioning to the core. Champaign: Human Kinetics. 2014.

Calatayud, J.; Casaña, J.; Martín F, Jakobsen, M.D.; Colado, J.C.; Andersen, L.L. Progression of Core Stability Exercises Based on the Extent of Muscle Activity. American Journal of Physical Medicine and Rehabilitation. Vol. 96. Num. 10. 2017. p.694-9. Disponível em: https://doi.org10.1097/PHM.0000000000000713.

Cardozo, D.C.; Alves, H.; Simão, R.; Polito, M.D. Avaliação da força muscular extensora do tronco: influência do gênero e do estado de treinamento. ConScientiae Saúde. Vol.15. Num. 3. 2017. p.401-6. Disponível em:https://doi.org/10.5585/conssaude.v15n3.6246.

Katoh, M.; Yamasaki, H. Comparison of reliability of isometric leg muscle strength measurements made using a hand-held dynamometer with and without a restraining belt. Journal of Physical Therapy Science. Vol. 21. Num. 1. 2009. p.37-42. Disponível em:https://doi.org/10.1589/jpts.21.37.

Katoh, M. Reliability of isometric knee extension muscle strength measurements made by a hand-held dynamometer and a belt: A comparison of two types of device. Journal of Physical Therapy Science. Vol. 27. Num. 3. 2015. p.851-4. Disponível em:https://doi.org/10.1589/jpts.27.851

Kibler, W. B.; Press, J.; Sciascia, A. The role of core stability in athletic function. Sports Medicine. Vol. 36. Num. 3. 2006. p.189-98. Disponível em: https://doi.org/10.2165/00007256-200636030-00001

Lee, B.; McGill, S. The effect of core training on distal limb performance during ballistic strike manoeuvres. Journal of Sports Sciences. Vol. 35. Num.18. 2017. p.1768-80. Disponível em: https://doi.org/10.1080/02640414.2016.1236207

Fleiss, R. L. The Design and Analysis of Clinical Experiment. 1986.

Liberatori Junior, R.M.; Netto, W.A.; Carvalho, G.F.; Zanca, G.G.; Zatiti, S.C.A.; Mattiello, S.M. Concurrent validity of handheld dynamometer measurements for scapular protraction strength. Brazilian Journal of Physiscal Therapy. Vol. 23. Num. 3. 2019. p.228-35. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.bjpt.2018.08.002

McGill, S.M.; Childs, A.; Liebenson, C. Endurance times for low back stabilization exercises: Clinical targets for testing and training from a normal database. Archives of Physical Medicine and Rehabilation. Vol. 80. Num. 8. 1999. p.941-4. Disponível em: https://doi.org/10.1016/s0003-9993(99)90087-4.

Moreland, J.; Finch, E.; Stratford, P.; Balsor, B.; Gill, C. Interrater Reliability of Six Tests of Trunk Muscle Function and Endurance. Journal of Orthopaedic and Sports Physical Therapy. Vol. 26. Num. 4. 1997. p.200-8. Disponível em: https://doi.org/10.2519/jospt.1997.26.4.200.

Nakagawa, T.H.; Maciel, C.D.; Serrão, F.V. Trunk biomechanics and its association with hip and knee kinematics in patients with and without patellofemoral pain. Manual Therapy. Vol. 20. Num. 1. 2015. p.189-93. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.math.2014.08.013.

Newman, B. L.; Pollock, C.L.; Hunt, M.A.; Reliability of measurement of maximal isometric lateral trunk-flexion strength in athletes using handheld dynamometry. Journal of Sport Rehabilitation. Vol. 21. Num. 6. 2012. p.1-5. Disponível em: https://doi.org/10.1123/jsr.2012.TR6.

Oliveira, T. C. M.; Peres, A. L.; Leite, R. S.; Souza Mendes, V. H.; Cerrone, L.A. Treinamento e condicionamento do core, força e desempenho atlético: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício.São Paulo.Vol. 12. Num. 74. 2018. p.289-96. Disponível em: http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1393

Prieske, O.; Muehlbauer, T.; Granacher, U. The Role of Trunk Muscle Strength for Physical Fitness and Athletic Performance in Trained Individuals: A Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Medicine. Vol. 46. Num. 3. 2016. p.401-19. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s40279-015-0426-4.

Reiman, M.P.; Krier, A.D.; Nelson, J.A.; Rogers, M.A.; Stuke, Z.O.; Smith, B. S. Comparison of Different Trunk Endurance Testing Methods. International Journal of Physical Therapy. Vol. 7. 2012. Num. 5. p.533-9. 19. Saccol, M.F.; Santos, G.; Oliano, H.J. Confiabilidade inter e intra-avaliador na medida de força dos músculos rotadores do ombro em diferentes posições com a dinamometria isométrica. Fisioterapia e Pesquisa. Vol. 24. Num. 4. 2017. p.406-11. Disponível em: http://doi.org/10.1590/1809-2950/17257624042017.

Waldhelm, A.; Li, L. Endurance tests are the most reliable core stability related measurements. Journal of Sport and Health Science. Vol. 1. Num. 2. 2012. p.121–8. Disponível em: http://doi.org/10.1016/j.jshs.2012.07.007.

Zanca, G.G.; Oliveira, A.B.; Ansanello, W.; Barros, F.C.; Mattiello, S.M. EMG of upper trapezius -Electrode sites and association with clavicular kinematics. Journal of Electromyography and Kinesiology. Vol. 24. Num. 6. 2014. p.868-74. Disponível em: http://doi.org/ 10.1016/j.jelekin.2014.06.012.

Publicado
2021-02-23
Como Citar
Oliveira, B. S. V., Siqueira, T. M. de, Ramos, M. M., Carnaz, L., Serrão, F. V., & Zanca, G. G. (2021). Avaliação da força da musculatura de tronco utilizando um dinamômetro portátil: confiabilidade entre-sessões. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 14(89), 65-72. Obtido de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/1978
Secção
Artigos Científicos - Original