Cinética de frequência cardí­aca de recuperação: comparações entre diferentes tempos de análise

  • Rafael Evangelista Pedro Grupo de Estudo das Adaptações Fisiológicas ao Treinamento (GEAFIT) - Departamento de Educação Fí­sica, Centro de Educação Fí­sica e Esporte, Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Marcelo Vitor da Costa Grupo de Estudo das Adaptações Fisiológicas ao Treinamento (GEAFIT) - Departamento de Educação Fí­sica, Centro de Educação Fí­sica e Esporte, Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Ricardo Santos Oliveira Grupo de Estudo das Adaptações Fisiológicas ao Treinamento (GEAFIT) - Departamento de Educação Fí­sica, Centro de Educação Fí­sica e Esporte, Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Lúcio Flávio Soares-Caldeira Grupo de Estudo das Adaptações Fisiológicas ao Treinamento (GEAFIT) - Departamento de Educação Fí­sica, Centro de Educação Fí­sica e Esporte, Universidade Estadual de Londrina - UEL. Departamento de Educação Fí­sica, Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
Palavras-chave: Cinética de frequência cardíaca de recuperação, Teste intermitente máximo, Indicadores autonômicos

Resumo

O objetivo do presente estudo foi comparar a cinética de freqüência cardíaca (FC) de recuperação (FCrec) em tempos de análise de 120 s (T120), 300 s (T300) e 600 s (T600) após um teste intermitente progressivo máximo. Métodos: Treze atletas de handebol (23,5±4,1 anos; VO2max 47,6±2,2 ml.kg.min-1) realizaram o 30-15 Intermittent Fitness Test(30-15IFT). A FCrec foi analisada durante um período de 10 minutos na posição sentada após o 30-15IFT, para a determinação da cinética de FCrec nos diferentes tempos de análises. A FC foi analisada com a utilização de um cardiofrequencímetro (POLAR®, s810i), Resultados: O T120 projeta para uma FC mínima em 600 s menor em comparação com T300, T600, e com o valor real de FC em 600 s (~ 10%). Houve uma moderada correlação entre o T30 e a constante de tempo (FCτ) no T120 e T300 (r = 0,77 e 0,54; P < 0,05), respectivamente. Houve baixa concordância entre os parâmetros da cinética de FCrec obtidos em T120 em comparação com T300 e T600. Conclui-se que a utilização de tempos de análises mais longos (T300 e T600) sejam melhores para verificação da cinética FCrec; porém, por motivos operacionais, sugerimos a utilização do T300.

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Publicado
2011-12-28
Como Citar
Pedro, R. E., da Costa, M. V., Oliveira, R. S., & Soares-Caldeira, L. F. (2011). Cinética de frequência cardí­aca de recuperação: comparações entre diferentes tempos de análise. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 3(17). Obtido de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/199
Secção
Artigos Científicos - Original