Efeito de oito semanas de perí­odo preparatório na potência muscular de jogadoras de voleibol

  • Andressa Mella Pinheiro Docente do curso de Bacharelado em Educação Física da Faculdade de Santa Bárbara d’Oeste. Santa Bárbara d’Oeste-SP, Brasil
  • Caroline de Almeida Xavier Bacharelado em Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Campinas-SP, Brasil.
  • Luiz Carlos Spíndola Silveira Júnior Bacharelado em Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Campinas-SP, Brasil
  • João Paulo Borin Programa de Pós-graduação em Biodinâmica do Movimento Humano e Esportes da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas, Brasil
Palavras-chave: Salto vertical, Contramovimento, Medicine ball, Conteúdo de treinamento

Resumo

Introdução: A organização do treinamento é fundamental em qualquer modalidade, desde a formação até o alto desempenho. Entender as respostas que o organismo apresenta frente aos estí­mulos prescritos se torna imprescindí­vel na medida em que possibilitam minimizar o estresse fisiológico com obtenção do alto rendimento. Objetivo: Verificar o efeito de oito semanas de treinamento na capacidade neuromuscular de jogadores de voleibol durante o perí­odo preparatório. Materiais e métodos: Participaram do estudo nove atletas de voleibol da categoria juvenil 17,2 ± 0,8 anos. Todos os conteúdos dos treinamentos realizados foram anotados por integrantes da comissão técnica. Os testes utilizados para avaliação da potência foram o salto vertical com a técnica de contramovimento (CMJ), com e sem o auxí­lio dos membros superiores e o arremesso de medicine ball, no iní­cio (M0) e final (M1) do perí­odo preparatório. Foram organizadas informações no plano descritivo e inferencial e os resultados foram analisados pelo teste t Student, buscando verificar possí­veis alterações entre momentos avaliados (p<0,05). Resultados: Os principais resultados apontam: predomí­nio do componente fí­sico 70% durante todo o perí­odo de treino, sendo 30% deste conteúdo relacionados a exercí­cios gerais e especí­ficos de saltos. Foi possí­vel verificar que houve diferença do M0 para M1 apenas para o salto sem auxí­lio dos braços (p=0,04). Conclusão: Sendo assim, conclui-se que este modelo de organização é suficiente apenas para a melhora da potência de membros inferiores sem o auxí­lio dos braços em atletas de voleibol categoria juvenil.

Referências

-Bosco, C.; Luhtanen, P.; Komi, P. V. A simple method for measurement of mechanical power in jumping. European Journal of Applied Physiology and Occupational Physiology. Vol. 50. Num. 2. 1983. p. 273-82.

-Clemente, F. M.; Mendes, B.; Palao, J. M.; Silvério, A.; Carriço, S.; Calvete; F., Nakamura, F. Y. Seasonal Player Wellness and Its Longitudinal Association with Internal Training Load: Study in Elite Volleyball. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. Vol. 59. Num. 3. 2019. p.345-351.

-Cohen, J. Statistical Power Analyses for the Social Sciences; Lawrence Erlbauni Associates. Hillsdale. 1988.

-Debien, P. B.; Mancini, M.; Coimbra, D. R.; Freitas, D. G. S. de; Miranda, R.; Bara Filho, M. G. Monitoring Training Load, Recovery, and Performance of Brazilian Professional Volleyball Players During a Season. International Journal of Sports Physiology and Performance. Vol.13. Num. 9. 2018. p. 1182-1189.

-Gjinovci, B.; Idrizovic, K.; Uljevic, O.; Sekulic, D. Plyometric Training Improves Sprinting, Jumping and Throwing Capacities of High Level Female Volleyball Players Better Than Skill-Based Conditioning. Journal of Sports Science and Medicine. Vol. 16, Num. 4. 2017. p. 527-535.

-Horta, T. A. G.; Bara Filho, M. G.; Coimbra, D. R.; Miranda, R.; Werneck, F. Z. Training Load, Physical Performance, Biochemical Markers, and Psychological Stress During a Short Preparatory Period in Brazilian Elite Male Volleyball Players. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 33. Num. 12. 2019. p. 3392-3399.

-Idrizovic, K.; Gjinovci B.; Sekulic, D.; Uljevic, O.; João, P. V.; Spasic, M.; Sattler, T. The Effects of 3-Month Skill-Based and Plyometric Conditioning on Fitness Parameters in Junior Female Volleyball Players. Pediatric Exercise Science. Vol. 30. Num. 3. 2018. p. 353-363.

-Johnson, B. L.; Nelson, J. K. Practical Measurements for Evaluation in Physical Education. Mineapolis. Burgess. 1979.

-Mroczek, D.; Maćkała, K.; Kawczynski, A.; Superlak, E.; Chmura, P.; Seweryniak, T.; Chmura, J. Effects of volleyball plyometric intervention program on vertical jumping ability in male volleyball players. Journal of Sports Medicine and Physical Fitness. Vol. 58. Num 11. 2018. p. 1611-1617.

-Padovani, C. R. Estatística na Metodologia da Investigação Científica. UNESP. Botucatu. 1995.

-Sattler, T.; Hadžić, V.; Dervišević, E.; Markovic, G. Vertical Jump Performance of Professional Male and Female Volleyball Players: Effects of Playing Position and Competition Level. Journal of Strength and Conditioning Research. Vol. 29. Num. 6. 2015. p. 1486-93.

-Trajković, N.; Bogataj, Š. Effects of Neuromuscular Training on Motor Competence and Physical Performance in Young Female Volleyball Players. International Journal of Environmental Research and Public Health. Vol. 17. Num. 5. 2020. p. 1755.

-Verkhosansky, Y. V. Treinamento Desportivo: teoria e metodologia. Editora Artmed. Porto Alegre. 2001.

Publicado
2021-10-10
Como Citar
Mella Pinheiro, A., Xavier, C. de A., Spíndola Silveira Júnior, L. C., & Borin, J. P. (2021). Efeito de oito semanas de perí­odo preparatório na potência muscular de jogadoras de voleibol. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 14(93), 813-819. Obtido de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2243
Secção
Artigos Científicos - Original