Efeitos do pole dance fitness na percepção de dor, na composição corporal, na força e na atividade mioelétrica de músculos estabilizadores lombopélvicos de um indiví­duo com lombalgia: estudo de caso

  • Giullia Gabriele Alves Chaves do Nascimento Departamento das Ciências da Educação Fí­sica e Saúde. Faculdade de Educação Fí­sica, Universidade Federal de São João del-Rei, São João del-Rei, Minas Gerais, Brasil
  • Álvaro César de Oliveira Penoni Departamento das Ciências da Educação Fí­sica e Saúde. Faculdade de Educação Fí­sica, Universidade Federal de São João del-Rei, São João del-Rei, Minas Gerais, Brasil
Palavras-chave: Pole Dance Fitenss, Lombagia, Eletromiografia, Força muscular

Resumo

Objetivo: avaliar os efeitos da prática do Pole Dance Fitness em pessoas que possuem lombalgia. Materiaise métodos: foram realizados: anamnese, avaliação antropométrica e de composição corporal, preenchimento do IPAQ, da EVAD, e a realização simultânea do Teste de Kendall (1995) e análise eletromiográfica dos músculos reto abdominal (RA), oblíquo externo (OE) e paravertebrais lombares (PL). A flexibilidade de coluna vertebral e membros inferiores foi avaliada pelo teste de sentar e alcançar de Wells. O aparelho Perina-Biofeedback foi utilizado para avaliação da força de contração dos músculos do assoalho pélvico (MAP). As sessões de treinamento foram realizadas por oito semanas. Resultados: Houve redução do peso corporal (1,4%), do percentual de gordura (3,72%), da circunferência abdominal (4,64%), do IMC (1,3%), da Razão cintura-quadril (13,54%) e da percepção de lombalgia (38,3%). A flexibilidade aumentou em (3,27%). A atividade eletromiográfica dos músculos RA e OE diminuiu (19,1% e 66,9%), respectivamente, enquanto dos PL aumentou (19%). O teste de Kendall (1995) revelou uma melhora na estabilização da coluna lombar. A avaliação da força dos MAP revelou melhora na coordenação de recrutamento. Conclusão: Conclui-se que oito semanas de treinamento na modalidade Pole Dance Fitness foram eficientes para a redução da percepção da dor lombar, do percentual de gordura corporal e da atividade mioelétrica dos músculos reto abdominal e oblíquo externo, aumento da força e da atividade mioelétrica dos músculos paravertebrais lombares

Referências

-Almeida, D. C.; Kraychete, D. C. Dor lombar - uma abordagem diagnóstica. Rev Dor. São Paulo. Vol. 18. Num. 2. 2017. p. 173-7.

-Andrade, S. C.; Araújo, A. G. R.; Vilar, M. J. P. “Escola de Colunaâ€: Revisão Histórica e Sua Aplicação na Lombalgia Crônica. Revista Brasileira de Reumatologia. Natal. Vol. 45. Num. 4. 2005. p. 224-8.

-BBC News Brasil. POLE Dance pode se tornar um esporte olímpico?. 2017. Disponível em: < https://www.bbc.com/portuguese/internacional-41639541>. Acesso em: 10/05/2019.

-Cadore, E. L.; Pinto, R. S.; Kruel, L. F. M. Adaptações neuromusculares ao treinamento de força e concorrente em homens idosos. Rev. bras. cineantropom. desempenho hum. Vol.14. Num. 4. 2012.

-Coulombe, B. J.; Games, K. E.; Neil, E. R.; Eberman, L. E. Core Stability Exercise Versus General Exercise for Chronic Low Back Pain. J Athl Train. Vol. 52. Num. 1. 2017. p. 71â€72. doi:10.4085/1062-6050-51.11.16.

-Delfino, A. A. C. Eficácia dos exercícios de estabilização lombo pélvica no controle da dor e melhora da função em indivíduos com lombalgia crônica: uma revisão da literatura. Monografia. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2017.

-Diniz, M. F.; Vasconcelos, T. B. de; Pires, J. L. V. R.; Nogueira, M. M.; Arcanjo, G. N. Avaliação da força muscular do assoalho pélvico em mulheres praticantes de Mat Pilates. MTP & Rehab Journal. Vol. 12. 2014. p.420.

-Fernandes, T.; Soci, U. P. R.; Alves, C. R.; Carmo, E. C.; Barros, J. G.; Oliveira, E. M. Determinantes moleculares da hipertrofia do músculo esquelético mediados pelo treinamento físico: estudo de vias de sinalização. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Vol. 7. Num. 1. 2008. p. 169-188.

-Ferreira, M. S.; Navega, M. T. Efeitos de um programa de orientação para adultos com lombalgia. Acta Ortopédica Brasileira. Vol. 18. Num. 3. 2010. p. 127-31.

-Fioramonte, I. S. K. Estudo do Sinal Eletromiográfico em Exercícios Isométricos em Diferentes Velocidades de Contração. Dissertação de Mestrado. Unesp. Presidente Prudente. 2011.

-Fong, S. S. M.; Tam, Y. T.; Macfarlane, D. J.; Ng, S. S. M.; Bae, Y. H.; Chan, E. W. Y.; Guo, X. Core Muscle Activity during TRX Suspension Exercises with and without Kinesiology Taping in Adults with Chronic Low Back Pain: Implications for Rehabilitation. Evid Based Complement Alternat Med. Vol. 2015. doi:10.1155/2015/910168.

-Foureaux, G.; Pinto, K. M. C.; Dâmaso, A. Efeito do consumo excessivo de oxigênio após exercício e da taxa metabólica de repouso no gasto energético. Rev Bras Med Esporte. Vol. 12. Num. 6. 2006. p. 393-398.

-Frasson, V. B. Dor lombar: como tratar? Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS). Brasília. Vol. 1. Num. 9. 2016.

-Gaia Pole. 4 Estilos de Pole Dance para você conhecer. 2018. Disponível em: <https://news.gaiapole.com/4-estilos-de-pole-dance-para-voce-conhecer/>. Acesso em: 10/05/2019.

-Gregório, F. C. Análise eletromiográfica e cinemática dos músculos do core no exercício abdominal tradicional e com a utilização do aparelho rock gym®. Dissertação de Mestrado. UFU. Uberlândia. 2017.

-Helfenstein, M. J.; Goldenfum, M. A.; Siena, C. Lombalgia Ocupacional. Revista da Associação Médica Brasileira. Vol. 56. Num.5. 2010. p. 583-589.

-Kendall, F. P.; Mccreary, E. K.; Provance, P. G. Músculos: provas e funções com posturas e dor. São Paulo. Manole. 1995. p. 453.

-Lima, W. P. Mecanismos moleculares associados à hipertrofia e hipotrofia muscular: relação com a prática do exercício físico. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. Vol. 16. Num. 2. 2017.

-Lizier, D. T.; Perez, M. Z.; Sakata, R. K. Exercícios para tratamento de Lombalgia Inespecífica. Revista Brasileira de Anestesiologia. Vol.62. Num. 6. 2012. p. 838-846.

-Maior, A. S.; Alves, A. A contribuição dos fatores neurais em fases iniciais do treinamento de força muscular: uma revisão bibliográfica. Motriz. Vol. 9. Num. 3. 2003. p. 161-168.

-Merletti, R. Standards for Reporting EMG Data. Journal Electromyography Kinesiology. Vol. 9. Num. 1.1999. p.3-4.

-Mok, N. W.; Yeung, E. W.; Cho, J. C.; Hui, S. C.; Liu, K. C.; Pang, C. H. Core muscle activity during suspension exercises. J Sci Med Sport. Vol. 18. Num. 2. 2014. p. 189-194. doi:10.1016/j.jsams.2014.01.002.

-Murer, E.; Braz, T. V.; Lopes, C. R. Treinamento de força: saúde e performance humana. São Paulo. Malorgio Studio. 2019. P. 160.

-Nascimento, P. R.; Costa, L. O. P. Prevalência da dor lombar no Brasil: uma revisão sistemática. Cad. Saúde Pública. Vol. 31. Num. 6. 2015. p. 1141-1156.

-Pereira, C. D. S. Atividade eletromiográfica dos músculos Core. Análise das ações motoras de antirrotação e multiplanares do tronco. Dissertação de Mestrado. Instituto Politécnico da Guarda. 2019.

-Pole Dance Studio Metrópole. Afinal, o que é pole dance?. 2020. Disponível em: <https://www.studiometropole.com.br/pole-dance >. Acesso em: 29/07/2020.

-Ribeiro, R. P.; Sedrez, J. A.; Candotti, C. T.; Vieira, A. Relação entre a dor lombar crônica não específica com a incapacidade, a postura estática e a flexibilidade. Fisioterapia E Pesquisa. Vol. 25. Num. 4. 2018. p. 425-431.

-Reinehr, F. B.; Carpes, F. P.; Mota, C. B. Influência do treinamento de estabilização central sobre a dor e estabilidade lombar. Fisioter. Mov. Vol. 21. Num. 1. 2008. p. 123-129.

-Sakamoto, A. C. L.; Nicário, A. de S.; Silva, L. A.; Victória Júnior, R. C.; Andrade, I. L. L.; Nascimento, L. R. Efeito dos exercícios de estabilização na intensidade da dor e no desempenho funcional de indivíduos com lombalgia crônica. ConScientiae Saúde. Vol. 8. Num. 4. 2009. p. 615-619.

-Silva, I. L. Identidades de gênero, corporalidade e esportivização: uma perspectiva antropológica da prática do pole dance. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal Fluminense. Niterói. 2016.

-Will, J. S.; Bury, D. C.; Miller, J. A. Mechanical Low Back Pain. Am Fam Physician. Vol. 98. Num. 7. 2018. p. 421â€428.

Publicado
2021-10-22
Como Citar
Nascimento, G. G. A. C. do, & Penoni, Álvaro C. de O. (2021). Efeitos do pole dance fitness na percepção de dor, na composição corporal, na força e na atividade mioelétrica de músculos estabilizadores lombopélvicos de um indiví­duo com lombalgia: estudo de caso. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 14(94), 1002-1013. Obtido de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2320
Secção
Artigos Científicos - Original