Investigação das respostas agudas do consumo de oxigénio e da frequência cardíaca nos exercícios aeróbio e de força, em homens jovens treinados

  • Pamela Roberta Gomes Gonelli Coordenadora e Docente do curso de Educação Física da Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP, Piracicaba-SP, Brasil.
  • Renato Guimarães Bizerra Mestre em Educação Física pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP, Piracicaba-SP, Brasil.
  • Maycon Regazzo de Melo Graduado em Educação Física, pela Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP, Piracicaba-SP, Brasil.
  • Joel Edmundo Sobral Junior Graduado em Educação Física, pela Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP, Piracicaba-SP, Brasil.
  • Maria Imaculada de Lima Montebelo Coordenadora do Curso de Pós-graduação em Administração da Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP, Piracicaba-SP, Brasil.
  • Marcelo de Castro Cesar Docente do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da Universidade Metodista de Piracicaba-UNIMEP; Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos-UFSCar, Piracicaba-SP, Brasil.
Palavras-chave: Exercício, Consumo de Oxigénio, Frequência Cardíaca, Força

Resumo

O objetivo deste estudo foi investigar as respostas agudas do consumo de oxigénio (VO2) e da frequência cardíaca (FC) de homens treinados durante o exercício aeróbio e de força. Participaram 10 voluntários, idade de 23,90 ± 3,62 anos, submetidos a testes cardiopulmonar máximo, com determinação do consumo máximo de oxigénio (VO2max) e limiar ventilatório (LV), e de uma repetição máxima (1RM) nos exercícios supino reto , agachamento e rosca direta; e dois testes cardiopulmonares submáximos do exercício aeróbio (corrida no LV)  e de força (exercícios dos testes de 1RM, 3 séries de 8 a 12 repetições, a primeira para aquecimento, seguida por 3 séries a 70% 1RM); os testes submáximos foram em dias diferentes; num deles os voluntários começaram com o exercício aeróbio e depois de força (EA-EF), e no outro com o de força e a seguir o aeróbio (EF-EA). Os resultados do VO2 e da FC dos exercícios aeróbio e de força não apresentaram diferenças. Na comparação do VO2 dos exercícios aeróbios com o VO2LV não ocorreu diferença e foi superior a 46% VO2max; a FC dos exercícios aeróbios com a FCLV não apresentou diferença, e a FC do exercício aeróbio foi superior a 64% FCmáx. O VO2 nos exercícios de força foi inferior ao VO2LV e 46% VO2máx, e a FC foi inferior à FCLV e superior a 64% FCmáx. Conclui-se que a intensidade do limiar ventilatório se mostrou adequada para o treino para a aptidão cardiorrespiratória, e a sobrecarga aeróbia no exercício de força foi baixa.

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Publicado
2021-11-07
Como Citar
Gonelli, P. R. G., Bizerra, R. G., Melo, M. R. de, Sobral Junior, J. E., Montebelo, M. I. de L., & Cesar, M. de C. (2021). Investigação das respostas agudas do consumo de oxigénio e da frequência cardíaca nos exercícios aeróbio e de força, em homens jovens treinados. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 15(95), 119-130. Obtido de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2376
Secção
Artigos Científicos - Original