Influência do stress metabólico na hipertrofia muscular: uma revisão sistemática da literatura
Resumo
Introdução: O treino de resistência é utilizado para diversos fins, sendo praticado pela população em geral, desde jovens a idosos, pessoas com doenças até atletas de variados desportos. Entre os resultados do treino de resistência, o ganho de força gera a manutenção desta capacidade nos idosos, mas também a hipertrofia muscular é evidenciada, notoriamente pelo público jovem afeito ao seu valor estético. Para tal efeito, o protocolo define a utilização de cargas equivalentes a 80% de uma repetição máxima (RM). Recentemente, têm sido estudadas alternativas ao protocolo de treino de resistência para a hipertrofia. As novas propostas com alterações da sobrecarga relativa, da intensidade e do volume têm sido testadas, porém ainda sem resultados conclusivos. Objectivo: Verificar na literatura o papel da indução do stress metabólico na hipertrofia muscular. Materiais e Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada nas bases de dados Lilacs, SciELO, MedLine - PubMed e Google Scholar, considerando os anos de 2000 a 2021. Resultados: No treino de resistência, o stress mecânico e/ou a acumulação de metabolitos são gatilhos com um papel essencial. A partir da estimulação da sobrecarga, o sistema imunitário, a inflamação local, os fatores de crescimento, as hormonas sistémicas e as células satélites são mobilizados e ativados para promover a reparação tecidular e a hipertrofia muscular. Conclusão: O treino de resistência com sobrecargas moderadas, com ou sem a restrição do fluxo sanguíneo, tem-se mostrado eficiente para a promoção da hipertrofia, desde que induza um elevado grau de desequilíbrio muscular caracterizado pelo stress metabólico.
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