Correlação entre os protocolos tradicionais incrementais, usados na identificação do limiar anaeróbico para ciclistas: uma análise crí­tica

  • José Eduardo Urso Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: prescrição do exercí­cio
  • Nilson Barbosa Venâncio Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: prescrição do exercí­cio
  • Rogério Martins Silveira Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade Gama Filho - Fisiologia do Exercí­cio: prescrição do exercí­cio
Palavras-chave: Ciclismo, Limiar anaeróbio, Teste incremental

Resumo

Introdução: O ciclismo é um esporte que tem características próprias, dentre elas podemos afirmar que a integração de vários fatores define o atleta, onde a biomecânica do movimento, ergonomia, fisiologia e tecnologia de matérias, influenciam na eficiência do atleta. Esses fatores caso nãolevado em consideração em testes laboratoriais podem afetar significativamente os dados obtidos. Revisão da Literatura: Analisamos os artigos que fizeram uso desses protocolos e observamos uma relação entre os vários protocolos e metodologias, identificando assim o conteúdo das variáveis e suas correlações. Com o desenvolver da pesquisa podemos observar que na maioria dos testes empregados nos artigos estudados, citam algumas características que fazem dos protocolos terem uma certa similaridade com relaçãoà metodologia empregada. Fatores como tipo de cicloergometro, potencia inicial, incremento de carga, cadência, tempo entre estágios e tempo total do teste, nos levam a perceber o quanto esses protocolos estão distantes da realidade da prova. Conclusão: Através do estudo realizado, podemos concluir que a relação entre testes laboratoriais que utilizam protocolos tradicionais incrementais e a especificidade do ciclismo de competição esta muito distante da especificidade do esporte em questão. Com relação aostestes de esforço máximo apresentado e discutido na literatura, destacam itens se suma importância e que deveriam ser levados em consideração pelos pesquisadores tais como carga inicial, incremento de carga, tempos de estágio, e cadência que nos fazem pensar que estas variáveis podem interferir no resultado final dos testes.

Referências

-Alvares, A.J.; Rodopoulos, P.; Dolghi, S.M. Desenvolvimento de uma Célula Flexível de Manufatura para Fabricação de Quadros de Bicicleta. Anais XIV COBEM, Bauru, 1997. (Apresentação de Trabalho).

-Cerretelli, P.; Samaja, M. Acid-base balance at exercise innormoxia and in chronic hypoxia. Revisiting the “lactate paradox”. Eur J Appl Physiol. Vol. 90. 2003. p. 431-448.

-Coast, J.R.; Welch, H.G. Linear increase in optimal pedaling rate with increased power output in cycle ergometry. Eur J Appl Physiol, Vol. 53. 1985. p. 339-344.

-Coyle, E.F.; Coggan, A.R.; Hopper, M.K.; Walters, T.J. Determinants of endurance in well-trained cyclists. Journal of Applied Physiology. Vol. 64. 1988. p. 2622-2630.

-Day, J.R.; Rossiter, H.B.; Coats, E.M.; Skasick, A.; Whipp, B.J. The maximally attainable VO2 during exercise in humans: the peak vs. maximum issue. J Appl Physiol, Vol. 95. 2003. p. 1901–1907.

-Denadai, B.S.; Balakian, P.J. Relação entre limiar anaeróbio e performance no short triathlon. Rev. Paul. Educ. Fís. Vol. 9.1995. p.10-15.

-Denadai, B.S.; Balakian, P.J. Aplicações Do Limiar Anaeróbio Determinado Em Teste De Campo Para O Ciclismo: Comparação Com Valores Obtidos Em Laboratório*. Motriz, Vol. 2. Num. 1. 1996. p. 20–32.

-Denadai, B.S. Índices fisiológicos de avaliação aeróbia: conceitos e aplicações. Ribeirão Preto: BSD, 1999.

-Denadai, B.S. Avaliação aeróbia: consumo máximo de oxigênio ou resposta do lactato sanguíneo?. Rio Claro: Motrix. p. 401-404. 2000.

-Denadai, B.S.; Ortiz, M.J.; Mello, M.T. Índices fisiológicos associados com a "performance" aeróbia em corredores de "endurance": efeitos da duração da prova. Rev Bras Med Esporte. Vol. 10. Num. 5. 2004. p. 401-404.

-Faria, E.W.; Parker, D.L.; Faria, I.E, The Science of Cycling Physiology and Training –Part 1 Sports Med. Vol. 35. Num. 4. 2005. p. 285-312.

-Fox, E.L.; Bowers, R.W.; Foss, M.L. Bases Fisiológicas da Educação Física e dos Desportos. Guanabara Koogan, 4ªedição. 1991.

-Gregor, R.J. Biomechanics of cycling. apend Gerret, W.E. & Kirkendal, D.T. Exercise and Sport Science. 2000.

-Hunter, G.; Demment, R.; Miller, D. Development of strength and maximum oxygen uptake during simultaneous training for strength and endurance. J. Sports Med. Vol. 27. 1987. p. 269-275.

-Jeukendrup, A.E.; WallIs, G.A. Measurement of substrate oxidation during exercise by means of gas exchange measurements. Int J Sports Med. Vol. 26. 2005. p. 28-37.

-Lepers, R.; Millet, G.; Maffiuletti, N.; Hausswirth, C.; Brisswalter, J. Effectof pedaling rates on physiological response during endurance cycling. Eur J Appl Physiol. Vol. 85. 2001. p. 392-395.

-Lourenço, T.F.; Tessutti, L.S.; Martins, L.E.B.; Brenzikofer, R.; Macedo, D.V. Interpretação metabólica dos parâmetros ventilatórios obtidos durante um teste de esforço máximo e sua aplicabilidade no esporte. Revista Bras. Cinean. Desempenho Humano. Vol. 9. Num. 3. 2007. p. 310-317.

-Marsh, A.; Martin, P. Effect of cycling experience, aerobic power, and power output on preferred and most economical cycling cadences. Med Sci Sports Exerc. Vol. 29. 1997. p. 1225-1232.

-Meyer, T.; Lucia, A.; Earnest, C.P.; Kinderman, W. A conceptual framework for performance diagnosis and training prescription from sub maximal parameters –theory and application. Int J Spots Med. Vol. 26. 2005. p. 1-11.

-Neder, J.A.; Stein, R. A Simplified Strategy for the Estimation. of the Exercise Ventilatory Thresholds, Medicine & Science in Sports & Exercise, 2005.

-Péronnet, F.; Aguilaniu,B. Lactic acid buffering, non metabolic CO2and exercise hyperventilation: A critical reappraisal. Resp Physiol & Neurobiol. Vol. 150.2006. p. 184-186.

-Pini, M.C. Fisiologia Esportiva –Guanabara Koogan. 2ªedição.1992.

-Robergs, R.A.; Ghiasvand, F.; Parker, D. Biochemistry of exercise –induced metabolic acidosis. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol. Vol. 287. 2004. p. 502-516.

-Tebexreni, A.S.; Lima, E.V.; Tambeiro, V.L.; Barros Neto, T. L. Protocolos Tradicionais Em Ergometria, Suas Aplicações Práticas “Versus” Protocolo de Rampa. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo, Vol. 11. Num. 3. 2001.

-Town, G.P. Triathlon -Treinamento e Competição/ Trad. de Ewandro Magalhães Júnior, Brasília-DF, Editora Universidade de Brasília, 1988.

-Wasserman, K. Dyspnea on exertion: Is the heart or the lungs? JAMA. Vol. 248. Num. 16. 1982. p. 2039-2043.

-Winter, D.A. Biomechanics & motor control of human movement Lavoisier, p. 253-321. 1990.

Publicado
2012-01-01
Como Citar
Urso, J. E., Venâncio, N. B., & Silveira, R. M. (2012). Correlação entre os protocolos tradicionais incrementais, usados na identificação do limiar anaeróbico para ciclistas: uma análise crí­tica. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 4(23). Obtido de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/276
Secção
Artigos Científicos - Original