Eficácia da hidroginástica na autonomia funcional de idosas: Um estudo experimental controlado, pragmático e duplo cego

  • Milena Trindade Domingues Universidade Federal de Pelotas, Brasil.
  • Laura Santos Gularte Universidade Federal de Pelotas, Brasil.
Palavras-chave: Hidroginástica, Idosas

Resumo

Caro Editor, Gostaríamos de expressar a nossa opinião sobre o artigo intitulado "Eficácia da hidroginástica na autonomia funcional das mulheres idosas: um estudo experimental controlado, pragmático e duplo cego" publicado na sua revista. Em primeiro lugar, felicitamos os autores pela realização de um estudo tão importante e relevante para a saúde das pessoas idosas, população cada vez mais numerosa no mundo e no nosso país. A hidroginástica tem-se mostrado uma atividade física muito eficaz para melhorar a qualidade de vida dos idosos, dado que é uma atividade de baixo impacto e que pode ser realizada por pessoas de todas as idades com diferentes condições de saúde, proporcionando uma sensação de bem-estar e relaxamento durante e após a prática. É notório que a prática regular de atividade física é fundamental para a manutenção da saúde e qualidade de vida dos idosos, sendo que o estudo apresentado fornece evidências importantes sobre a eficácia da hidroginástica para a autonomia funcional das mulheres idosas. Destacamos alguns pontos importantes do estudo enquanto metodologia, amostra e qualidade estatística. O estudo foi duplo-cego e controlado, conferindo maior fiabilidade aos resultados e para as análises estatísticas foi utilizada a ANOVA para medidas repetidas intra e entre grupos e o teste post hoc de Bonferroni para identificar as diferenças significativas. Ademais, os autores controlaram possíveis variáveis ​​de confusão pré teste, tornando a amostra semelhante na variável idade, condição física (todas estavam no mínimo 2 meses sem praticar exercício físico), massa corporal e desempenho no Sénior Fitness Test pré intervenção também foi semelhante entre os grupos. A amostra foi composta por 89 idosas, alocadas em três grupos, cabe aqui pontuarmos que identificamos um erro no tamanho da amostra inicial e final descrita no artigo na página 97 que detalhou como amostra inicial 102 participantes e final 88, quando na verdade foram 105 participantes na amostra inicial e 89 no final do estudo, conforme n amostral em cada um dos três grupos. Além disso, a descrição tanto dos procedimentos de avaliação antropométrica, composição corporal e planeamento das atividades do grupo experimental foram escritas de forma detalhada e clara, identificando comprometimento e fiabilidade ao estudo. Por fim, sugerimos que sejam realizados novos estudos com uma amostra maior e mais diversificada, avaliando a eficácia da hidroginástica em diferentes grupos variando o sexo, bem como avaliar a eficácia da hidroginástica a longo prazo, verificando se os resultados se mantêm ao longo do tempo . Acreditamos que estudos como este são de extrema importância para incentivar a prática de atividades físicas e promover a saúde e o bem-estar dos idosos. Parabenizamos novamente os autores pelo trabalho e esperamos que sejam realizados novos estudos para melhorar ainda mais os nossos conhecimentos sobre a hidroginástica para esta população.

Publicado
2023-12-28
Como Citar
Domingues, M. T., & Gularte, L. S. (2023). Eficácia da hidroginástica na autonomia funcional de idosas: Um estudo experimental controlado, pragmático e duplo cego. RBPFEX - Revista Brasileira De Prescrição E Fisiologia Do Exercício, 17(111), 478. Obtido de https://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/article/view/2785
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