Análise de agrupamentos latentes em pessoas com hipertensão e/ou diabetes relativamente à prática de atividade física
Resumo
Doenças crónicas como a hipertensão e a diabetes, têm uma elevada prevalência global e são fatores de risco para vários desfechos deletérios para a saúde individual e coletiva, sendo necessário o emprego de maneios assertivos, como a atividade física, para garantir melhores prognósticos. Pretendeu-se Identificar a existência de agrupamentos latentes em pessoas com hipertensão e ou diabetes relativamente à prática regular de atividade física. Trata-se de um estudo transversal com pessoas hipertensas e/ou diabéticas do programa Hiperdia de Paulo Afonso - Bahia. Participaram no estudo 140 pessoas, das quais 64,3% (90) eram mulheres e a média de idades global foi de 66,55 (DP=8,9). De acordo os pressupostos teóricos, duas classes latentes apresentaram melhor ajustamento para as variáveis biopsicossociais selecionadas (AIC=592; BIC=624). Classe 1 (baixo apoio social informal, elevado IMC e elevada presença de sintomatologia depressiva; Classe 2 (elevado apoio social informal, elevado IMC e baixa presença de sintomatologia depressiva). O teste Qui-quadrado de Pearson revelou uma associação das classes latentes com o nível de atividade física (p=0,011), em que a classe latente 1 apresentou um comportamento mais ligado a níveis insuficientes de atividade física (62,2%; p=0,011). ambas as classes demonstraram estar fortemente associadas a ausência de uma pessoa que represente a comunidade (97,3%; 80,8%; p=0.016). Concluímos que a interação de aspetos biopsicossociais segmenta pessoas com hipertensão e/ou diabetes, através de algoritmos de classificação, constituindo-se como grupos heterogéneos internos quanto à capacidade de aderir à prática de atividade física regular.
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